Práticas pedagógicas para dificuldades de aprendizagem





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Quando falamos de aprendizagem, entendemos que se trata de um processo complexo que, a partir de ocorrências e mudanças no interior do indivíduo, manifesta-se exteriormente, expressando-se por meio de ações cognitivas, emocionais e comportamentais.

Já as dificuldades de aprendizagem expressam um grupo heterogêneo de desordens que impedem a percepção, a compreensão e a aquisição de saberes. Podem ser, por exemplo, de natureza cognitiva, neurológica, motora, emocional ou social. Decerto, elas deixam o aluno fragilizado, com baixa autoestima, sem confiança, trazendo-lhe angústias e outros transtornos emocionais.

Diante disso, perguntamos:

Como pautar a nossa prática pedagógica diante das dificuldades de aprendizagem?

O que é importante descobrir para poder atuar?

Como atuar diante das descobertas?

Lembramos, então, de três etapas do trabalho pedagógico que se aplicam em qualquer contexto da educação, mas que são imprescindíveis diante das dificuldades do educando: a observação, em que o professor procura conhecer seu aluno, necessidades e virtudes; a avaliação, em que busca compreender como ele se comporta diante dos instrumentos de ensino e aprendizagem, utilizando-se dela para traçar estratégias; e a mediação, em que o papel docente se faz prática pedagógica.

Na observação, o educador procura descobrir e registrar o que se vê, sem a preocupação inicial da interpretação dos dados. Essa imparcialidade conduz a uma avaliação isenta de pressupostos. Na prática, o educador observa para conhecer o seu aluno, suas qualidades e também, suas limitações. Todavia, não são as dificuldades que irão possuir maior peso, mas as virtudes e possibilidades sobre as quais virá o trabalho pedagógico.

Avaliar não representa, necessariamente, aplicar a avaliação formal que a escola institucionalizou, apesar de acharmos que ela também deve ter o caráter mediador e formativo. Avaliar é acima de tudo compreender o comportamento do aprendente diante dos instrumentos de ensino e aprendizagem. Assim sendo, a avaliação torna-se um mecanismo de melhoria nas decisões que virão a seguir, pois tem como mote os objetivos e os passos que serão dados em direção ao progresso discente.

Já a mediação é consequência da observação e da avaliação. É natural que antes de educar haja observação e avaliação das características, dificuldades e possibilidades do estudante, e do instrumental pedagógico disponível no ambiente escolar.  Mediar é fazer a interlocução entre o aluno e o saber a ser conquistado. É transformar a intenção de ensinar em prática docente.

Verificar-se-á, então, que a cada instrumento mediador as ações da observação e da avaliação estarão presentes, trazendo sempre outros olhares, descerrando alternativas para o ensino e para a aprendizagem. Compreender-se-á, consequentemente, o quefazer pedagógico como uma prática combinada dessas três ações.

 







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miuelina

09/12/2013 - 00:00:00

Amei tanto o laço afetivo que vou usar como dinâmica



Obrigado pelo deferência, abraço


Vera Lucia Da Cunha Figueira

27/10/2013 - 00:00:00

Estou desenvolvendo meu TCC com o tema Afetividade no EF, ou seja, a adaptação da criança nesta fase que esta saindo da EF que teve olhar diferenciado do professor e ao se chegar ao EF tudo muda, gostaria de receber algum artigo sobre esse tema para o meu TCC, pois sempre coloco a afetividade na frente para os meus alunos, outo lhe envio minhas experiências um abraço.



Olá Vera, é muito bom você compartilhar sua experiência, obrigado. Há um livro meu, "Afeto e aprendizagem", que talvez possa lhe ajudar, mantenha contato eugenio


MARIA JOSÉ LACERDA

11/09/2013 - 00:00:00

Me de exemplos de instrumentos de trabalhos pedagógicos. Estou lendo seu livro. No início ainda. Vou ao seminário dia 21. Fiz um grupo de MG onde moro. Estamos ansiosos e com muitas expectativas.Trabalho no CRAEDI (centro de referencia e apoio a educação inclusiva) Estamos engatinhando ainda na inclusão.




andreia

31/03/2013 - 00:00:00

Que significa dizer que a didática é uma atividade de cunho pedagógico?



Olá Andreia Obrigado pelo contato Nem sempre os instrumentos didáticos são pedagógicos. Por exemplo, para muitos alunos o giz e a lousa são enfadonhos, apesar de, às vezes, serem instrumentos didáticos para o professor. Os instrumentos de trabalho do professor precisam ser pedagógicos e comunicantes com o aluno. Abraço eugenio