A “Problemática” da Educação no Ensino Médio
Na Década de 70 o jogador de futebol do Atlético – MG , “Dada Maravilha” costumava brincar dizendo: “não me venha com a problemática que eu tenho a solucionática”.
Deixo claro desde já que este não é o meu objetivo, mas tentarei apontar possíveis soluções para alguns problemas.
Durante o ensino médio uma das maiores dificuldades dos alunos é relacionar o conteúdo aprendido em sala de aula com o mundo fora da escola. Visto deste ponto é dever do professor relacionar o conteúdo apresentado em sala de aula com o mundo fora da escola. Afinal de contas, não podemos esquecer que o mundo “lá fora”, visto aos olhos de qualquer ser mortal fora do meio acadêmico, é mais atrativo e muitas vezes com resultados mais rápidos e práticos que na escola. Não vou me aprofundar no trabalho que escolas desenvolvem (ou deveria) em meio a comunidades a fim de manter seus alunos compromissados a eventos esportivos e educacionais, mas o fato é que não podemos desconsiderar a vida desses alunos fora da escola.
Normalmente, os alunos, ao encontrarem dificuldade em certa disciplina, começam tratá-la como se fosse um bicho de sete cabeças. Essa dificuldade deve ser trabalhada pelo professor! Em aulas de ciências façam-se experimentos, desmistifique o mundo obscuro de equações estranhas com a prática! Em aulas de humanas não há quadro lotado que prenda a atenção do aluno, sendo essencial uma boa explicação do professor!
Seja qual for o método de ensino posto em prática dentro da sala de aula, a finalidade é uma só: manter atento e envolvido na disciplina, este deve estar estimulado a aprender e aprender a pensar, tornando a aula bem mais agradável e dinâmica.
Claro que este último parágrafo não pode ser posto em todas as escolas, afinal, a maioria das escolas ainda segue o modelo “fordista” em que seus alunos recebem conteúdo “mastigado” por seus professores, decorados por seus olhos, mas não “digeridos” por suas mentes. Porém funciona, pois o foco de tais instituições é o vestibular – que ironia, se o vestibular visa o aluno com melhor preparo, será que um aluno “decoreba” é mais bem preparado que um aluno pensante?
Talvez o maior desafio de um professor em sala de aula seja exatamente este, estimular o pensamento autônomo de seus alunos. Mas como fazer isso?
Se um professor é licenciado em geografia, português, história, matemática, o que for, é porque deve (ou deveria ao menos) existir algo dentro daquela disciplina que faz seus olhos brilharem. Por isso, a aula por ele posta em pratica, deve conter o mesmo “êxtase” que o fez escolher tal carreira.
Claro que não está somente das mãos de professores e escolas ou sistemas de ensino o êxito do processo educacional. O aluno também possui sua parcela de responsabilidade tanto no sucesso quanto no fracasso desta empreitada.
Tudo bem, tudo isto até pode ter um nome, mas que não seja “utopia”, porque é possível enfrentar tantas dificuldades. E o primeiro passo, acredito eu, deve ser dado pelo professor!
Marcel N. Oliveira, aluno de Física da Universidade Federal Fluminense.
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