Desatando os nós





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Um aluno, que realizava as atividades em sala de aula com desenvoltura, tinha grande prazer em divertir os colegas com brincadeiras, chamando a atenção de todos não por suas qualidades, mas pelas coisas mais traquinas que pudesse aprontar na hora da aula.

Dessa forma, além de se tornar o foco das atenções por causa do que fazia de mais inusitado, também interrompia as aulas, quebrando a concentração da classe. Algumas crianças fazem isso porque, de algum modo, suas qualidades não são suficientes para elas. Precisam de mais atenção. São carentes e, de uma forma quase compulsiva, fazem de tudo para suprir suas necessidades.

Esse menino, numa brincadeira que é usual, amarrava os cadarços dos tênis um ao outro e assim, quando a professora ou o professor o chamava, caía no meio da sala para delírio das crianças. Era inútil dizer para não repetir a brincadeira ou inibi-lo de alguma forma.

O garoto ia embora descalço algumas vezes, por não conseguir mais desamarrar os cadarços. Sabendo disso, o professor, num certo dia, ajoelhou-se aos pés do menino, para espanto, e começou a desatar-lhe os nós:

- Você acha que eu precisava estar fazendo isto?

- Não… Claro que não – disse o menino, um tanto que surpreso.

- Então, por que faço?

- Acho que é porque você gosta de mim…

Foi a última vez que o garoto agiu daquela maneira. Mas não foi a última em que ele e o professor se juntaram para desamarrar outros “nós” que se interpõem na vida e que são desatados pelo respeito mútuo e pelo afeto.





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